O Câncer Que Ninguém Quer Falar: Por Que o Testicular Ainda É um Tabu

Publicado por: FeedNews
13/10/2025 04:54 PM
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O câncer testicular é raro, mas atinge principalmente homens jovens entre 20 e 40 anos — o diagnóstico precoce pode salvar vidas. / Arte Ideia
O câncer testicular é raro, mas atinge principalmente homens jovens entre 20 e 40 anos — o diagnóstico precoce pode salvar vidas. / Arte Ideia

Uma história que se repete: o descuido, o medo e o silêncio. Está na hora de mudar esse roteiro.

 

O que é o câncer testicular?

O câncer testicular se origina nas células que produzem os espermatozoides e os hormônios masculinos. Os testículos — pequenas glândulas localizadas dentro do escroto — são responsáveis por fabricar a testosterona e armazenar os espermatozoides. Quando células anormais começam a se multiplicar descontroladamente, formam um tumor que pode se espalhar, caso não seja identificado a tempo.

Embora represente menos de 2% de todos os casos de câncer masculino, o câncer testicular é o mais comum entre homens de 20 a 40 anos. A boa notícia é que, quando descoberto precocemente, as chances de cura ultrapassam 95%.

 

Sinais que não devem ser ignorados

O primeiro sintoma geralmente é um pequeno caroço no testículo, firme e indolor. Pode parecer algo insignificante, mas merece atenção imediata. Outros sinais de alerta incluem:

  • Sensação de peso ou desconforto no escroto

  • Inchaço ou diferença de tamanho entre os testículos

  • Dor leve no abdômen inferior ou nas costas

  • Alterações na textura dos testículos (mais duros ou mais firmes)

  • Em casos raros, aumento nas mamas devido a alterações hormonais

Esses sintomas não significam necessariamente câncer — mas todo nódulo testicular precisa ser avaliado por um urologista. Quanto antes o diagnóstico, maior a chance de tratamento simples e eficaz.

 

O autoexame salva vidas

Assim como o autoexame de mama é essencial para as mulheres, o autoexame testicular é o aliado número um dos homens na detecção precoce.
O ideal é realizá-lo mensalmente, de preferência durante o banho morno, quando a pele do escroto está relaxada. O processo é simples:

  1. Segure o testículo entre os dedos e o polegar.

  2. Role-o suavemente, procurando caroços ou áreas endurecidas.

  3. Observe qualquer diferença de tamanho, forma ou consistência.

  4. Se notar algo diferente, procure um urologista imediatamente.

Esse gesto rápido e íntimo pode representar a diferença entre um tratamento leve e uma batalha mais difícil.

 

O tabu que ainda mata

Apesar da facilidade do diagnóstico, muitos homens ignoram sintomas por vergonha ou medo. Falar sobre o tema ainda é um tabu, e isso tem um custo alto.
Campanhas de conscientização, como o Novembro Azul, vêm mudando esse cenário — mas é preciso ir além: incluir o tema nas escolas, nas empresas e nos consultórios médicos de rotina.

O câncer testicular não é sinônimo de impotência ou infertilidade — é um alerta do corpo pedindo atenção.
Com o avanço da medicina e dos exames de imagem, é possível diagnosticar e tratar com segurança, preservando a fertilidade e a vida sexual.

 

Conclusão

O câncer testicular é um inimigo invisível, mas vencível. A chave está na informação e no hábito do autoexame. Homens que se conhecem, se cuidam e não negligenciam os sinais do corpo têm maiores chances de cura e uma vida plena após o tratamento.



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