“O Filho Mais Velho”: Nascimento de Bebê de Embrião Congelado Choca o Mundo

Publicado por: FeedNews
01/08/2025 03:08 PM
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Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Ilustração Cortesia Editorial Ideia

A mídia americana já apelidou o recém-nascido de “mais velho” — entenda por que esse caso é único.

 

No estado do Tennessee, nos Estados Unidos, ocorreu um nascimento que desafia o tempo e a tecnologia: Thaddeus Daniel Pierce veio ao mundo em julho deste ano a partir de um embrião que havia sido congelado há mais de 30 anos e meio — em 1994. O caso, divulgado pela revista MIT Technology Review, já é considerado um feito histórico da medicina reprodutiva.

 

O embrião foi originalmente gerado por Linda Archer, que realizou um procedimento de fertilização in vitro nos anos 90. Dos quatro embriões criados, apenas um foi implantado nela na época. Os três restantes foram congelados e mantidos por décadas — a um custo de cerca de mil dólares por ano.

 

Com mais de 60 anos hoje, Linda decidiu doar os embriões remanescentes para outras famílias, e foi assim que eles chegaram até Lindsey e Tim Pierce, um casal que tentava engravidar há sete anos. Através do programa de adoção de embriões Open Hearts, eles receberam o embrião de Linda — e a história ganhou vida.

 

A gestação seguiu normalmente, e o nascimento de Thaddeus marca o recorde de maior tempo de criopreservação já resultando em um nascimento bem-sucedido. A imprensa apelidou o bebê de "o filho mais velho", dada sua origem em um embrião de três décadas.

 

Curiosamente, o menino tem uma irmã biológica com a mesma idade de sua origem embrionária, embora eles tenham sido gerados no mesmo processo, mas gestados em momentos históricos totalmente diferentes.

 

A adoção de embriões é um conceito que mistura ciência, ética e espiritualidade. Em muitos casos, programas religiosos e agências cristãs apoiam esse tipo de ação por acreditarem que cada embrião já representa uma vida.

 

Enquanto isso, a biotecnologia avança rapidamente. Recentemente, o mundo viu o primeiro nascimento humano resultante de uma fertilização totalmente automatizada, com todas as 23 etapas feitas por uma estação robótica. No Japão, os cientistas deram luz verde à criação de embriões humanos a partir de células-tronco reprogramadas geneticamente, permitindo gerar óvulos e espermatozoides a partir da pele humana.

 

O caso de Thaddeus é mais do que uma curiosidade médica — é um marco simbólico. Ele nasceu de um passado remoto, graças à persistência da ciência e ao desejo de uma família em construir um futuro. E, com isso, novas perguntas surgem: quanto tempo um embrião pode esperar para viver? E o que nos reserva o futuro da reprodução humana?

 

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