Beber vinho à refeição pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2

Publicado por: Redação
26/03/2022 16:43:56
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Cortesia Editorial Pixabay
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O consumo de álcool à refeição foi associado a um risco 14% mais baixo de se desenvolver diabetes tipo 2 quando comparado com quem bebe sem comer ao mesmo tempo.

 

Um novo estudo cujos resultados foram apresentados na Conferência de 2022 da American Heart Association’s Epidemiology, Prevention, Lifestyle & Cardiometabolic Health analisou o impacto do consumo moderado de bebidas alcoólicas no desenvolvimento de diabetes tipo 2.

 

Os investigadores analisaram 312 400 adultos do banco de amostras biológicas do Reino Unido que se assumiram como consumidores regulares de álcool. Depois de 11 anos, em média, de acompanhamento para o estudo, cerca de 8600 dos participantes desenvolveram diabetes tipo 2.

 

O estudo concluiu que consumir álcool à refeição está associado a um risco de diabetes tipo 2 14% mais baixo em comparação ao consumo destas bebidas sem se comer, relata o Futirity.

 

Esta associação era mais forte entre os participantes que bebiam vinho comparativamente a outras bebidas alcoólicas e, no caso de quem consumia mais cerveja ou licor, o risco de diabetes tipo 2 era até maior. A pesquisa não faz a distinção entre os diferentes tipos de vinho.

 

“Os efeitos do consumo de álcool na saúde já foram descritos como um pau de dois bicos porque causa da sua aparente habilidade de tanto ser prejudicial como útil, dependendo de como é consumido”, refere o autor do estudo Hao Ma.

 

Várias pesquisas anteriores se debruçaram sobre a quantidade ingerida e tiveram “resultados mistos”. “Poucos estudos se focaram noutros detalhes quando se bebe, como o timing do consumo“, acrescenta.

 

O cientista explica que o consumo moderado é definido como um copo de vinho ou de outra bebida alcoólica diariamente para as mulheres e dois copos para os homens.

 

“Os testes clínicos também concluíram que o consumo moderado pode ter alguns benefícios para a saúde, incluindo no metabolismo da glucose. No entanto, continua sem ser claro se benefícios no metabolismo da glucose se traduzem numa redução da diabetes tipo 2″, remata.

 

Apesar destes resultados, o estudo tem algumas limitações, nomeadamente por ser baseado no auto-relato, que nem sempre é fiável. A amostra também só incluiu adultos brancos de descendência europeia, pelo que não se sabe se as conclusões podem ser generalizadas para outras populações ou culturas.

 

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