Idade da loba: o que as mulheres querem?

Publicado por: Redação
18/01/2022 15:34:57
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Cortesia Editorial Pixabay
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Não sei o que está acontecendo, doutor. É só escutar o barulho do escapamento do carro do meu marido, ao estacionar na garagem de casa, que sobe um calor do pescoço à minha cabeça e, para evitar o sexo, corro, deito na cama e finjo que estou dormindo. – Paciente do doutor Odilon Iannetta (Livro: Climatério para Mulheres Modernas, Ed. Pandorga)

 

Quando a mulher chega ao período do climatério (40-65 anos) e a data da menopausa se aproxima (49±2anos) surgem muitos problemas de saúde, porém, uma das principais queixas, pela maioria omitida, é sobre a vida sexual. Muitas pacientes nem imaginam que o conjunto faz com que esse panorama as atinja de forma avassaladora e prejudique seus relacionamentos.

 

Para que esse contexto seja, de uma vez por todas, desmistificado, o ginecologista, fundador do conceito climatério no Brasil e autor do livro Climatério para Mulheres Modernas (Editora Pandorga), Odilon Iannetta, fala sobre o assunto e garante que rastrear o período do climatério, entre os 45 a 65 anos, traz benefícios infindáveis à vida feminina.

 

Segundo o especialista, durante o período, ou seja, antes que a menopausa ocorra, é necessário realizar uma avaliação do perfil hormonal dos diferentes compartimentos endócrinos, aconselhável aos parceiros ttambém, para que haja compreensão mútua das mudanças em seus organismos e de sua intensidade.

 

Após esse primeiro passo, o doutor Iannetta revela que algumas alterações em decorrência do envelhecimento, contribuem de forma significativa com o declínio da libido e passa a atuar precocemente em suas diferentes vertentes.

 

- Parede Vaginal: a queda da parede vaginal (prolapso) e a flacidez das paredes vaginais são fatores anatômicos que interferem em demasia no desempenho sexual do casal, a inexistência do atrito, que é essencial, dificulta o orgasmo, causa desconforto.

 

Para que isso não ocorra, é necessária uma avaliação precisa da anatomia dos órgãos genitais e a partir de exames ginecológicos e das correções cirúrgicas com técnicas modernas, minimamente invasivas, podem evitar esse quadro.

 

- Secura vaginal: está entre os mais comuns e gera extremo desconforto e dor, o que inibe o desejo. O ideal é identificar as causas, se for necessário, regular os hormônios, ou seja, jamais abandonar o tratamento, que acarreta a perda de todos os benefícios que a medicação traz à mulher e origina o que os médicos denominam dispareunia, a dor durante o ato sexual.

 

- Osteoporose: além do óbvio, nenhuma mulher deseja evoluir com o quadro de dor articular que colabora no afastamento das atividades sexuais. Este problema, pode ser evitado com o uso de tecnologias modernas que agregam a Inteligência Artificial-4G e que está disponível em nosso meio, desde 1996. Avalia a qualidade óssea, desde a adolescência, realiza rastreamento preventivo primário, diferente da comum densitometria óssea, que possui indicação apenas em idosos e acima de 65 anos.

 

Em Climatério para Mulheres Modernas (Editora Pandorga), o ginecologista Odilon Iannetta revela que tudo é uma questão de rastreamento e que as mulheres não podem ficar à mercê apenas de tratamentos, mas sim, investigar para que a sua qualidade de vida não seja afetada, bem como o que é fundamental, o seu relacionamento.

 

Sobre o autor: Formado, com mestrado e doutorado Sensu Strictu pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), o Professor DR. ODILON IANNETTA, fundou, em 1979, o primeiro serviço público multidisciplinar de climatério do mundo, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP), atuando até 2013.

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